Ele
Bateu à porta,
ninguém ouviu.
Discursou,
falou de amor,
de igualdade,
de sinceridade.
Fez milagres,
com humildade,
ensinou a crer
no seu poder.
Sofreu injúrias,
difamação.
Foi incompreendido,
injustiçado,
pisoteado.
Deu ao mundo
o seu perdão.
Deixou a sublime lição
do desapego,
da união,
do caminho da verdade,
da luz: Jesus.
Encontro Marcado
Tenho um encontro marcado
comigo mesma,
acender o fogo do meu interior,
cuidar de mim,
amar-me mais . . .
Acertar as contas do coração.
Resgatar o tempo gasto na entrega
para pagar o preço de uma paixão.
Virar a vida pelo avesso,
tirar o atraso,
ter uma sintonia com meu próprio eu,
com a força criadora, energética
que me faz gostar de mim mesma,
emanando uma vibração
para outras pessoas
que necessitam achar-se,
no labirinto da vida,
nas emoções perdidas,
no campo da luta pela felicidade,
pelo amor puro, transparente
que emana de cada ser.
O discurso do silêncio
Ainda é tempo
de percorrer estradas não andadas,
de viver as emoções sonhadas ,
de mergulhar no parque da vida,
ler a folha que não foi lida.
Ainda é tempo
de achar o abraço não dado,
aquele beijo não trocado,
enfrentar o medo da perda,
não ficar sempre à esquerda.
Ainda é tempo
de deixar de ser nada,
cantar a vitória da alvorada,
escutar a voz da esperança,
acender a luz da temperança,
de discursar no meu silêncio
a posse de tudo que não tive.
Ainda é tempo
de mostrar tanto amor contido,
ouvir os ecos da noite,
falando ao meu eu sofrido,
palavras de flores, sem açoite,
fazendo-me sonhar, delirar
com um mundo sem cicatriz,
sentindo-me completamente feliz.
Quem ama cuida
Amazônia! Amazônia!
És brasileira, altaneira!
De ti o planeta depende
para sobreviver.
És do mundo o coração
que pulsa forte.
És a força do norte
em território brasileiro.
Como deixar perder
área tão valiosa?
Quem ama não descuida,
não destrói,
não deixa roubar.
Procura vigiar
o que é nosso,
nossas matas,
os verdes do nosso Brasil.
Combate o desmatamento
para evitar o aquentamento,
a queimada das florestas.
Uma guerra, na terra,
para impedir uma crise fatal:
o aquecimento global.
Poesia classificada em primeiro lugar no VII Concurso
UPPES de poesias, no dia 16 de outubro de 2008, em Niterói.